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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

LAMECENSES QUEREM REABERTURA AO TRÂNSITO DA ROTUNDA DO SOLDADO DESCONHECIDO

 Um grupo de cidadãos, que têm à cabeça o ex-vice presidente da autarquia lamecense, apela à reabertura da rotunda para uma maior fluidez do trânsito.
A rotunda do Soldado Desconhecido não vai reabrir. Esta foi a garantia dada por Francisco Lopes, presidente da Câmara de Lamego, em resposta a uma moção entregue na última sessão pública do município por um grupo de moradores que pediu a reabertura daquele local ao trânsito automóvel.
A transformação do espaço envolvente da rotunda numa zona pedonal, com a união das avenidas Alfredo de Sousa e Visconde Guedes Teixeira, sempre gerou forte contestação dos lamecenses, que habituados a contorná-la para sair da cidade, mostraram-se relutantes a essa mudança. As duas avenidas foram unidas e perdeu-se um espaço de estacionamento nas zonas laterais.
O edil lamecense perante a contestação, sempre assumiu que esta alteração se inseria “numa filosofia política e baseada em estudos técnicos urbanísticos que pretendem dar outra fluência ao trânsito e melhorar as acessibilidades rodoviárias”. O projeto está inserido na requalificação urbana da cidade que tem como estratégia a requalificação urbana e viária do Eixo do Barroco.
Na última sessão pública da Câmara, um grupo de cidadãos encabeçado por um antigo vice-presidente da edilidade, Amândio da Fonseca, levou a discussão a necessidade da reabertura da rotunda “para melhor fluidez do trânsito e repor uma situação que dia para dia se revela um grave erro e que prejudica a qualidade de vida dos lamecenses”.
Num comunicado distribuído pelos espaços comerciais da cidade, os subscritores do abaixo-assinado apelam à presença dos cidadãos na reunião camarária, para que assim fosse aprovada uma proposta de reabertura daquele espaço. No entanto, Francisco Lopes mantém firme a sua posição e assume que “não faz qualquer sentido reabrir a rotunda pois, segundo o autarca, “o seu fecho veio retirar do centro nevrálgico muito trânsito e irradia-lo para as zonas periféricas da cidade”.
Ainda que se tenha mostrado interessado em mandar elaborar um estudo técnico que “avalie a necessidade ou não da sua reabertura”, o desligamento das duas avenidas não acontecerá no seu mandato, disse. Em termos de regeneração de trânsito, Francisco Lopes pretende encontrar soluções para a mobilidade na rua Cardoso Avelino, uma das entradas para a cidade, e a construção de um túnel por baixo do Escadório dos Remédios. “Estas são as nossas prioridades e essas sim irão resolver os problemas de mobilidade da nossa cidade”, assume.

Manifestação sem efeito

A união das duas avenidas já fez correr muitos comentários nas redes sociais e até foram criados grupos e paginas a exigir o reenquadramento do Soldado Desconhecido e que a circulação automóvel se mantivesse por aquele eixo. Durante o tempo em que aquele espaço esteve em obras, foram agendadas manifestações, mas toda sem qualquer efeito prático.
Desde o colocar da primeira pedra que esta obra gerou forte polémica. “Perdeu-se estacionamento e quando há algum problema, como um carro avariado, nem há a possibilidade de colocar uma viatura na berma”, são algumas das queixas de comerciantes que optaram por não se identificar”.
“A circulação acaba por ir em direção à zona da grande superfície comercial o que já de si é péssimo para nós”, assumem. Por seu lado o comum do cidadão acaba por sofrer com esta alteração.
Quem o diz é Fernanda Santos, que lamenta que para se dirigir ao hospital, por exemplo, é obrigada a subir toda a avenida, contorná-la e só assim seguir para aquela unidade. Lamentou “o tempo que se perde e a gasolina gasta”.
Amândio da Fonseca relembra que quando tinha responsabilidades na área do Pelouro do Trânsito sempre se mostrou contra essa união. “Não há qualquer dúvida que o trânsito automóvel não pode ser alterado”, frisando que é um erro “defender que sem rotunda o trânsito flui melhor”.

JC

1 comentário :

João Paulo Rocha disse...

Sem duvida, que esta reabertura tem de ser efectuada, não existem reais alternativas para a circulação naquela zona da cidade.
Efectivamente, a EN2, uma estrada que ganhou grande relevância recentemente, sofre em Lamego, atrevo-me a dizer de forma única, nos seus extensos quilómetros, a possibilidade de ser encerrada sem alternativas, pela simples avaria de automóvel ligeiro.