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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

23ª EDIÇÃO DA FEIRA DO FUMEIRO DE MONTALEGRE

Os produtores da Feira do Fumeiro de Montalegre, que se realiza entre quinta-feira e domingo, são cada vez mais novos e com formação superior, disse hoje o presidente da Associação dos Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã.
Boaventura Moura afirmou à agência Lusa que nas primeiras edições do certame a média de idades dos produtores rondava os 60 anos e, atualmente, há produtores com 20 anos.
A aposta dos jovens na criação de suínos e produção de fumeiro é, na opinião do responsável, uma fuga ao desemprego e à crise económica.
Os novos produtores, considerou, aliam o "saber dos pais e avós" - nomeadamente a alimentação dos animais e temperos usados nos enchidos - às novas máquinas, técnicas e conhecimentos, fazendo produtos de maior qualidade e com mais condições de higiene.
No concelho de Montalegre, frisou o presidente da associação, há jovens com produções de 60 a 70 porcos bísaros que, em complemento com outra atividade, obtêm aqui um segundo rendimento.
Contudo, Boaventura Moura salientou que os custos de produção aumentaram "significativamente" nos últimos anos, deixando os agricultores numa posição "fragilizada".
Além disso, burocracia em excesso, falta de apoios e escoamento do produto são outros problemas apontados pelo dirigente à atividade.
A Feira do Fumeiro, realçou o presidente da associação, foi uma "ideia muito feliz" da Câmara de Montalegre porque criou um novo canal de comercialização.
O presidente da autarquia, Orlando Alves, entendeu que, ano após ano, a qualidade dos produtos tem melhorado "substancialmente" reflexo das "novas mãos" na atividade.
A instalação de jovens na terra é sinal, disse, de que Trás-os-Montes tem potencialidades e uma maneira de manter vivas as tradições, cultura e atividade agrícola.
A 23.ª edição da Feira do Fumeiro de Montalegre decorre de quinta-feira a domingo, conta com 124 produtores, 77 de fumeiro, que vão vender produtos de 922 porcos, num total de 70 toneladas de alheiras, chouriças, sangueiras, salpicões e presuntos.
A organização espera 70 a 80 mil visitantes e o volume de negócios estimado ronda os três milhões de euros.

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